Onde está a nossa educação ?

Após fecharmos esta temporada com um maravilhoso final de semana lá em São Luis do Paraitinga, eu deveria estar escrevendo uma nota de como foi o evento, da quantidade recorde de participantes, da grande vitória de Hugo Prado Neto e da Roberta Stopa e da minha satisfação pessoal juntamente com meus 80 colaboradores em realizar um evento com tamanha grandeza.

Mas escrevo com muita tristeza por outro motivo : O lixo gerado na prova. Sei que minha equipe em cada posto de hidratação tem a obrigação de deixar cada local mais limpo do que encontrou. Obviamente este trabalho é feito num raio máximo de 800 a 1000 metros cabendo aos atletas a educação de jogar seus descartáveis dentro deste perímetro imaginário.

Ontem pela manhã, logo após carregarmos o caminhão com os materiais de produção da prova, Marília e eu fomos como de costume passar um pente fino no caminho da prova para limpar aquilo que nossos Staffs não conseguem recolher além de seus postos.

Gente parece brincadeira. Certos atletas despejam de tudo no caminho como se ele fosse um verdadeiro lixão a céu aberto. Câmaras de ar, garrafas de isotônicos, saches de gel, fita de adaptação em pneus sem câmara, restos de comida ( isso mesmo ! tinha até batata cozida enrolada em papel alumínio )

As vezes fico me perguntando e não acho resposta porque isso acontece. É a mesma coisa que jogarmos nosso lixo no quintal do vizinho. E você acha isso bonito ? Poxa, a grande maioria de nós vive nos grandes centros e é justo levarmos nosso lixo para um local tão bacana como lá ? Eu acho que não !

Tenho pensado em várias alternativas para diminuir este problema e algumas até bem radicais como entregar nos postos de hidratação somente copos já abertos, o que dificultaria o transporte dentro das camisas. Assim, acho que conseguiremos impedir que o atleta porcalhão descarte seu copo quilometros após o raio de ação daqueles que nos ajudam com tanta dedicação.

Longe de estar pensando em regular a quantidade de água, mesmo porque, o atleta poderá pegar a quantidade que achar necessária, seja para beber no local ou encher sua caramanhola ou mochila de hidratação, mas não para levá-lo ao longo do circuito. Sei que isso fará com que muita gente reclame, mas não vejo outra saída.

 

Outro item que também merece destaque é sobre as embalagens de gel. Aquilo se for jogado próximo a pastos pode fazer com que o resíduo da sobra atraia animais e possivelmente provoque danos intestinais e até a morte do animal.

 

Confesso que estou muito desanimado com este problema, mas se você é um dos que se preocupam com isso, seja um agente multiplicador principalmente quando ver no meio da prova algum competidor sujando a trilha. Converse com ele a respeito e tente conscientizá-lo. Afinal de contas não custa nada. É só ter bastante paciência ! Coisa que a minha já está se esgotando.

 

Aparentemente, coisas simples podem resolver este problema, tipo : Se você já levou a sua câmara de ar reserva para a prova, o que custa trazê-la de volta ? Sabe aquele copo ou garrafa de isotônico que também o acompanhou no percurso ? Então, depois de consumido, fica até mais leve para transportar. No caso do Gel em saches, esse aí vai precisar de um pouco mais de investimento, ou seja, usar o porta gel que não deve custar nem R$ 10,00, mas ao longo prazo o seu uso trás dois benefícios : Ganho de tempo e consumir todo o conteúdo da embalagem. Legal não ?!

 

Aqueles que ficam horrorizados com o lixo, não se preocupem. A trilha da Sport está limpa novamente. Foram quase 7 horas de para e desce do carro.

Amanhã tem mais. Falta só o laço da Pró.

 

Se você tem alguma sugestão, por favor me encaminhe.

 

Abraços,

Gonga

 

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