Carta aberta aos organizadores do Bigbiker’06

Prezados senhores:

Eu, Arnaldo Mirandola de Farias, brasileiro, destrambelhado, digo, descasado, numeral nº. 191 – Categoria VETERANO A, venho por meio desta exercer meus direitos de competidor expressos no regulamento deste campeonato.

Inicialmente, gostaria de relatar os problemas causados pelo temporal ocorrido desde a noite de sexta até momentos posteriores à largada ocorrida no sábado, 02 de setembro. A organização, não informou que em caso chuva, não haveria galocha, capa de chuva e outros acessórios necessários no kit do atleta.

Devido ao ocorrido, deveria haver garotas portando quarda-chuvas a fim de proteger ao menos os atletas da Categoria Elite, masculino e feminino. Muitos deles representam nosso Brasil no exterior e uma gripe inesperada pode comprometer o desempenho de nossos heróis.

Na altura do quilômetro 52, no inicio do Morro do Chapéu, a organização deveria determinar um neutrinho, como os da competição de regularidade, para que a prefeitura de São Luis removesse o barro e a lama acumulada na trilha. Em seguida, máquinas nivelariam o terreno, pois o Big é uma competição de Maratona, não de Freeride ou DH.

A falta dessa providência fez com que quase todos competidores tivessem que carregar a bike nas costas, tamanho era o lamaçal. É imperioso que aos menos os da Elite recebam um segundo troféu, relativo a esta competição paralela – BigTrekinng’06. Basta lembrar o que ocorreu no reconhecimento do percurso do 2º dia, ocasião em que aconteceu um desafio para premiar os cinco mais rápidos ciclistas do primeiro trecho de subida. Como naquela data, a premiação, brindes, etc. deveriam acontecer no mesmo local, a fim de dar o direito do atleta dar por encerrado sua participação, caso o desejasse.

Outra providência básica seria oferecer Vale-Refeição aos atletas que tiveram maiores dificuldades para chegar ao km 72, pois esses já haviam ultrapassado 6 horas de prova, e seriam cortados da competição. Além da questão de saúde do atleta, não se deve negar comida a pessoas esfomeadas.

Em vez de Caminhão Vassoura, é de consenso geral, que esses atletas deveriam ter a sua disposição, um ônibus fretado, com direito a aqueles filmes em DVD representativos do MTB. Evidente que os bikers aceitariam de bom grado, sanduíches de Mortadela Ceratti, Sucos Del Vale, chocolates da Kopenhagen, entre outras guloseimas.

Esclareço, ainda, que deveria existir a Categoria Sub-52, para pessoas nascidas em novembro de 1954, às 8:05 na Vila de Paranapiacaba, cujos pais deveriam ter exercido o cargo de Maquinista de Loco-breque, dando oportunidade a todos de forma mais igualitária.

Como a competição dura dois dias, em sinal de boa vontade a comunidade ciclista, espera que no próximo ano, tendas sejam instaladas no ginásio de esportes da cidade, e que as mesmas possuam sala, fogareiro, lampião a gás, colchonete e travesseiro. Banda tocando e jantar de comida típica interiorana e massas da ‘DasMoóca’.

Caso essas providências não sejam tomadas, e devidamente anunciadas, bem como o anuncio da futura cerimônia de entrega dos troféus do BigTrekinng’06, inicio aqui um abaixo-assinado.

Alem disso, promoveremos (e vamos cumprir!) levar pelo menos uns 1.200 ciclistas, que em sinal de protesto, competirão a 1ª etapa de 2007, usando camisas pelo avesso; ainda promoveremos um “PEDALAÇO” de 80 km antes da largada, passando por Taubaté, portando cartazes denunciando os nomes dos organizadores do Bigbiker, já que eles residem nessa acolhedora cidade.

E por estarem cientes e concordarem com justas exigências expostas acima assinamos:

 

01 - Arnaldo Mirandola de Farias

02 - Graziela Scott

03 - Florisbela Scott Carbono

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1289 - Stefanio Roda Presa

 

Por : Arnaldo Mirandola de Farias - donarnaldof@click21.com.br

 

Professor universitário de Língua Espanhola, mas na verdade,

Ciclista e Competidor ( Entusiasta de Fé ).

Viajou de bicicleta pela Patagônia Argentina e adora participar

de todas ciclo viagens em que é convidado.

Curte competições de MTB de longa duração.