Os Oráculos, o Bigbiker e a Mandala

Mistério, muito mistério circunda as 3 etapas do Bigbiker. Então, concentre-se e mergulhe em uma viagem cheia de trevas e trilhas duríssimas.

Os Oráculos Gonga e Marilia, que são seres humanos, fazem predições ciclísticas ou oferecem inspirações baseados em uma conexão com os deuses do Mountain Bike.

No mundo moderno, locais que ganharam reputação por distribuir a sabedoria oracular e técnicas de como pedalar enfeitiçado. Eles levaram o misticismo às três ocasiões, ou seja, Santo Antonio do Pinhal, Itanhandu e finalmente, Taubaté.

 

Como iniciação, ofereceram aos mais de 820 fiéis da primeira etapa uma placa para compor uma Mandala mágica. Segundo uma lenda, contada desde os primórdios da primeira mountain bike, a peça entregue representa três eixos sagrados: a coragem, a persistência e a glória.

 

Coragem para enfrentar a pedreira que foi a circuito em Santo Antonio do Pinhal, passando inclusive por uma trilha sagrada chamada de Zig-zag. Naquela ocasião coisas estranhas aconteceram, teve até competidor gravemente enfermo, que escapuliu de um hospital só para estar presente a etapa mística. Os meteorologistas haviam previsto tempo chuvoso e não caiu uma só gota. Estranho, muito estranho.

 

A seguir, havia-se que passar pelo rito da persistência. As terras místicas de Itanhandu ao sul das Minas Gerais. Naquela impactante e pacata cidade, a tarefa era não deixar-se ilusionarse pelas maravilhas da mãe natureza, que eram um convite a descontração dos quase 800 mortais que continuavam a cruzada em busca da conquista da mandala. Mais uma vez, contrariando todas as previsões meteriológicas, o dia estava ensolarado e cada um pôde demonstrar suas aptidões, independentemente da pontuação a ser alcançada.

O desafio de completar a Mandala (palavra sânscrita que significa círculo, uma representação geométrica da dinâmica relação entre o homem e o cosmo) se deu em pleno inverno em meio às monhanhas de Taubaté. 774 humanos, mortais, partiam em busca do sonho mitológico.

Como nas outras ocasiões, os Elfos, criaturas femininas que ao contrário de todas as competições, estavam divididas em várias escalas hierárquicas, ao fundo da largada, davam a devida proteção aos mortais em busca do Olimpo ou pódio entre os terrenos.

Contrariando as previsões que indicavam chuvaradas no sábado e um domingo chuvoso, os Oráculos Gonga e Marilia, reuniram todos os deuses da equipe do Bigbiker e determinaram temperadura amena. Permitiram que até o sol pudesse dar o ar da graça, mas ser aquecer em demasia o ar, a ser consumido pelos ciclistas ainda mortais.

 

A Glória, é o ponto final da mandala a ser alcançada por dezenas e dezenas de atletas ciclo-alados que mostraram todo seu potencial cármico ao subir ao pódio.  Nessa nova atmosfera, os heróis do Olimpo Ciclístico, terão que passar, finalmente para outro estágio cósmico em setembro.

 

Antes do final dos tempos, quer dizer, antes da façanha final, no jogo celestial Bigbiker – Super Edition, o atleta alado ira recitar um Mantra (é uma sílaba ou poema religioso normalmente em sânscrito) que serão entoados como orações, repetidos como as do cristianismo, tendo em cada peito a mandala completada pelas três fases cármicas, invocando as palavras mágicas:  coragem, persistência e glória.

 

Finalmente, entre os dias 15 e 16 de setembro, estes semi-deuses irão trocar o deus sol pela deusa lua. Terão que buscar suas essências, “iluminados”, a fim de vencer os 36 quilômetros de trevas, que será limitada a 400 guerreiros (as). Assim, poderão ingressar no espaço cósmico e partir no domingo para pelo menos 70 a 90 quilômetros de volta a luz, vida terrena.

 

Os Semi-deuses

 

Ao final do dia 16 de setembro, domingo cósmico , ai sim se saberá quem serão os mestres da eternidade.

Entre eles estará um que se destacou na terceira etapa, isto é, um candidato a Semi-deus : Colocação 1º - numeral 926 - RENATO RUBENS FARGNOLLI – São Paulo - SPORT SUB 45 Equipe URUTU BIKERS POINT BELL KOPELL ASW.

Ainda com traços humanos, ele pedalou mais de 60 km. sabedor que estava logo atrás do primeiro colocado e no começo do asfalto, a poucos quilômetros da chegada diz:

 

- Firmeza colega? Segura aí que eu vou puxar você, meu camarada!

Como o mineiro Adriano Silva lá de Pouso Alegre –MG, não se deu conta que se tratava de um concorrente ao ponto máximo da mandala, obedientemente, acompanhou o espertinho do Renato, chegando 5 segundos depois, com cara de sacristão.

Conclusão : Este atleta da briosa equipe Urutu, tem ainda traços humanos, pois usou da bem brasileira malandragem para tirar proveito o inocente mineiro. No entanto, corrida é isso, há que se pedalar bem, possuir a mandala completa e rezar o Mantra como manda o figurino para mudar de condição de terreno para atleta cósmico.

Sendo assim, mortais de plantão, não percam tempo : iluminem-se bem e se candidatem a ser um ente muito especial; Um biker semi-deus, para voar sobre duas rodas!

 

Arnaldo Mirandola de Farias, o Prof. Arnaldo, que assina esta coluna, é professor universitário de Língua Espanhola, mas na verdade, Ciclista e Competidor (Entusiasta de Fé). Viajou de bicicleta pela Patagônia chilena e argentina. Também, adora participar de ciclo viagens das quais é convidado. Curte competições de MTB de longa duração. O professor pedala bike Scott LTD, acessórios Fox e tem apoio da Scatt Bikes